sábado, 22 de dezembro de 2007

Espetáculo aos palhaços reprimidos




Dormi.

Me vi dormindo com Querubins, Arlequins ...

mas foi Ele - o Pierrot - quem regou meus olhos

Tento drená-los, Colombina de mim

Aparente fortaleza, certeza.

Brotam mudas, muda, calada - disfarço

Tudo que sei, bem fundo

Não preciso de anúncio.

Já drenados espelham a sépia alma do palhaço

Aturdido, se refaz - em tons mais claros, quase pastéis

e com sutis prismas cintilantes.

Reflito, em riso, todo gozo d'alma

Efusivos, nos unimos

palhaços no circo, e a platéia aplaude

em olhares caturros, "EXpantados"

mas que no fundo aguardavam

a bravura dos Circences em corromper a civilização

acostumada a usar o nariz de palhaço!


Um comentário:

Anônimo disse...

Enfático e contundente.
Todos nós somos um pouco palhaços, nem que seja de forma tácita.
Quando nos vestimos de forma grotesca, somos palhaços.
Quando dizemos tolices, mormices, também fazemos papel de palhaço.
E sabemos como é fácil fazer papel de ridículo.
Enfim, somos sim "palhaços reprimidos."