domingo, 8 de fevereiro de 2009

Brasiliade – Uma viagem pelo Museu do Pontal.



Desde a década de 50 têm-se ouvido falar de “Brasilidade” como sinônimo de baianas, bananas e carnaval. Um bom exemplo é Carmem Miranda, até tornar-se a artista mais bem paga de Hollywood teve que encenar muito bem sua má pronúncia de Inglês, para representar uma Nativa “de Raízes Brasileiras”. O que poucos reconhecem nesta situação é o “jogo de cintura” que o artista brasileiro tem que ter para ser bem sucedido, ou simplesmente para sobreviver.
Mas, o Brasil vem, aos poucos deixando de ser objeto de curiosidade apenas e tornando-se inspiração para pessoas de todo o mundo. Assim como a visão do camponês para o Civilizado Iluminista, talvez este fato só venha acontecendo por só apenas na atualidade o conceito de Evolucionismo Multilinear estar mais forte na educação[1]. Hoje, as crianças têm possibilidade de apreciar diferentes culturas, seja por TV, Internet ou Museus, e são mais adaptáveis às diferenças.
Para entender o conceito de Brasilidade precisamos vivenciar o que isso significa, quanto ao cotidiano do brasileiro. É importantíssimo ressaltar que a cultura Brasileira é resultado de muita criatividade por necessidade de sobreviver. Do artista popular então, é genuína a criação.
Para melhor compreensão do espírito da arte popular brasileira segue a citação de Jacques Van de Beuque, criador do Museu do Pontal, após seu primeiro contato com os artesãos de Recife e a sensação de ver a agilidade com que manuseavam o barro:
“O artista trabalha sem ver. Sua mão parece autônoma. É como o pianista, que toca com a alma, com o sentimento, que não procura pelas teclas e notas para fazer sua arte. É a arte de uma vida. Eu nunca tinha visto uma pessoa pegar o barro, um material plástico e alcançar tão rapidamente formas elaboradas.”
(BEUQUE, 1993)
Confesso que ao ler este relato e, principalmente após conhecer o Museu do Pontal, senti mais orgulho de ser brasileira.
Ao deitar-me à noite, após a visita ao museu, não consegui dormir. O “tec-tec” das geringonças de Adalto soava disparadamente em meu travesseiro, como se me chamasse para acordar para a realidade. Ter nascido no Rio é realmente maravilhoso, ainda mais ter passado toda a infância no subúrbio me fez vivenciar cada geringonça de Adalto. As carnavalescas, principalmente.
A instalação carnavalesca de Adalto remete aoBrasil religioso, temeroso dos castigos Divinos resultados da cultura Católica instalada desde Colônia, que aproveita uma única semana do ano em que se divertir não é pecado e ao mesmo tempo, torcer pela escola de samba campeã tem que ser acompanhada por ofertas aos orixás e às promessas aos santos. Só no Brasil temos esta diversidade paradoxa.
A geringonça “o Mágico” é outra grande maravilha capaz de fazer o observador interagir com o universo da magia.
A particularidade de outros artistas é também encantadora:
A solução de Mestre Vitalino encontrada para ressaltar a expressão de suas estatuetas no olhar cobrindo-os com barro branco em relevo é fantástica. Sempre levando em consideração as circunstâncias em que o artista criava – em estado de extrema pobreza.
A originalidade de Zé Caboclo em fazer da moringa- objeto de uso comum – um objeto de arte que mais tarde viria a ser copiado por vários artesãos e por indústrias.
A sutileza de Marinete, filha de Zé Caboclo, ao aprimorar as técnicas da escultura em barro para reproduzir em miniatura a vida agrária.
Incrível comparar também a realidade sangrenta de alguns artistas do cangaço e seus Lampiões e Marias Bonitas à delicadeza do universo feminino de Noemisa.
Noemisa criou um estilo próprio, intencional ou não, capaz de ser reconhecido por toda exposição por seus tons neutros apastelados e suas rosinhas, bolinhas e detalhes suaves de rendas – tudo de barro. Atrevo-me a chamá-la de Beatriz Milhazes do barro. Com atitude, feminilidade, delicadeza e talento.
O Artista popular é o retrato da sociedade. Ele usa seu talento e criatividade para driblar as dificuldades de sobreviver, de ser respeitado. Para compreender sua obra é necessário vivenciar o cotidiano, assim pode-se notar a pureza e até mesmo ingenuidade do autor para com o resto do mundo. São obras “provincianas” e a maior manifestação do povo carente de educação, saúde e alimentação saudável. São obras fiéis à vida de uma determinada comunidade e surpreendem por serem autênticas, livres de ego (assim como os artistas acadêmicos que vivem competindo espaço em galerias de arte), são também tratadas com cumplicidade entre artistas e o individual não importa tanto quanto a mistura. Tem espaço para todos que desejarem expor.
A valorização da obra de arte popular, realizada pelo Museu do Pontal é louvável. E conhecer a exposição permanente é uma experiência riquíssima.
Vamos vestir a saia de sinhá, o colar de orixá e tocar a sanfona para brindarmos à Brasilidade!


Mariana Malta
[1] A questão da antropologia através da epistemologia e não mais do objeto empírico após o iluminismo. (Segundo o texto: A Antropologia em perspectiva histórica – Prof Daniel Bitter.)

terça-feira, 1 de abril de 2008

CORRUPÇÃO PELA AGULHA DOURADA DE FALSOS BRILHANTES


( BAN-ANAL- IZAÇÃO )
Dentro da sala de Star
nascia a Estrela não Dalva
entre tafetás e lantejoulas
e as santas Barbies de Ryden
vestiam-se soberanas.
Madrugadas a fora, a dentro
Adiante os retoques
alguns furos no dedo estampam os
pois no voil.
Tantas bolinhas vermelhas
e também as azuis se misturaram
e hoje estão ROXAS!
Geralmente dou palavras às formas
desconhecidas por mim
falar do que domino me parece "lugar-comum"
demais pra insanidade dos volumes já criados
Tantas texturas, firulas e rococós
pra enfeitar os porcos Majestosos de si
farthingales empinados, presos no passado
que n'algum dia um designer criou
e agora é copiado pelo triste reinado
do control C control V
e tudo que era demodé ficou chique retrô...
Aquela mania de alguns "fashionistas"
é tão peculiar que suas calças justas
e seus oclões tartaruga
me embrulham o estômago
e ao invés de aumentarem o consumo de moda
aumentam o consumo de Buscopan!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A Besta recalcitante


Minha timidez é o retiro criativo
onde alma e ego se unem para brindarem,
resilientes, com sexo ardente em uma interminável lua-de-mel.
Torna-se desnecessária qualquer referência Humana e
fataliza algumas interferências urbanas
que por acaso venham adentrar meus tímpanos,
ocupando o topo cinza do fardo de abstrair as reais vozes
que por ventura tentem expôr o eloquente sofrimento
de compreender enquanto os intelectuais, de tanto saber,
esqueceram, de fato, que olhar para o alto
é bem conveniente, lhes cai muito bem!
Pois olhar para dentro pode causar efeitos colaterais.
A timidez brinda às Bestas recalcitantes,
as novas ovelhas não têm coragem de seguir sem um Pastor...
Continuem pastando, suas ovelhinhas escrotas!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O ortodoxo paradoxo EU e vice-versa

Vamos brindar à vida,
às novas oportunidades,
à fossa,
ao amor e à sua falta...
Vamos Brindar!
O importante é brindar
com muitas doses, o álcool
etílico, etérico
Duplamente etérico
Chamado prânico ou
por outros, Plasmático
em níveis, subníveis
parangolés a quatro!
Esquivam-se da vivência,
trocam-na por ditadura
dita - dura da palavra
tendo como conselheiro
um bom "Pai" do qual,
sempre à espera de boas palmadas,
lhe ensine o caminho
que suas citações de bons filósofos
e esteriótipos de garçonetes de cyber café
não souberam descrever e nem fazer crer
por ter faltado exempo quando o Herói
tem de ser o "Si Mesmo".

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Rio




Rio, se não dá, rio surge e salga

A boca, saliva coura

os lábios, na dança das glândulas

rosadas e irritadas, quase ásperas

sugadas de tantos risos

embriagados de vinagres, vinhos, espumas,

ressacas mareadas de ventre

expulsando a Serpente do Eden e

a dúvida nas Escrituras Sagradas

sarcásticas, riem, do Paraíso

criado pelo escritor

de poesias eróticas, escondidas por trás

da maçã, e do buraco por onde sai a minhoca.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Direção de Arte


Sou consciente de que não há uma frase, um poema
ou mesmo um livro capaz de dizer ao mundo quem realmente sou.
Cada um que me le interpreta com um pouco de si.
Cada vírgula que esqueço representa meus erros;
os acentos, minhas escolhas;as reticências, toda criatividade...
Que eu fique subentendida no olhar de quem me ama!
Que me interpretem com o interesse de quem busca respostas!
Que me reconheçam como a significância de uma lágrima!Que eu seja capaz de me incluir nessas histórias!Que a vida seja mais do que um roteiro!
Que a paixão transponha tais reticências!
Que seja plena em forma, cor e essência!
SEREI EU A CADA MOMENTO
DE DÚVIDA
DE DOR
DE AMOR
DE SONHOS
DE REALIZAÇÕES
DE VIDA...

sábado, 22 de dezembro de 2007

Espetáculo aos palhaços reprimidos




Dormi.

Me vi dormindo com Querubins, Arlequins ...

mas foi Ele - o Pierrot - quem regou meus olhos

Tento drená-los, Colombina de mim

Aparente fortaleza, certeza.

Brotam mudas, muda, calada - disfarço

Tudo que sei, bem fundo

Não preciso de anúncio.

Já drenados espelham a sépia alma do palhaço

Aturdido, se refaz - em tons mais claros, quase pastéis

e com sutis prismas cintilantes.

Reflito, em riso, todo gozo d'alma

Efusivos, nos unimos

palhaços no circo, e a platéia aplaude

em olhares caturros, "EXpantados"

mas que no fundo aguardavam

a bravura dos Circences em corromper a civilização

acostumada a usar o nariz de palhaço!


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

EpideRmia


Não quero ser tão superficial ao ponto de não possuir fraqueza alguma...
Nem ser intelectual e cagar arte barroca
Não gosto do negativo mas o prefiro à aceitação
Tenho um gosto divino mas tendo à excessão!
Queria uma árvore mas não era usual...
Tomei uma Coca-cola já que dizem não faz mal
Passei num petshop e adotei um filhotinho
Agora to feliz e deixo a Coca por Toddynho.
Um dia fui criança... ou será que fui trocada?
Agora amadureci - me sinto mais esverdeada
Talvez aquela árvore não tenha sido possível
Mas agora faço parte deste mesmo infinito.
O moinho roda forte e aumenta a cada dia
espalhando as sementes dos teus dentes incisivos
Que cravastes outro dia no meu lado mais maciço
E agora explode vida da placenta em carne viva...
(ou dos fundilhos de um mendigo!)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O ter


O "ter", termo utilizado sem ternura
Prisão sem mágica, tortura.
Fôlego dos náufragos, redenção.

[Cabeças flutuantes não magoam
aquilo que as mãos não tocam mais.]

Pensar no agir sem o próprio ato,
E nem gastar a sola do sapato
com lírios,trufas, jogos de gamão...

Bandeiras não são jamais erguidas
caso não haja um ponto de partida
inebriantes sem qualquer exatidão.

Rótulos, cartazes enaltecem
algumas iguarias de oblação
Mas desconhecem o teu poder amniótico
e entram em colapso caótico
fruto de acéfala pretensão.

[Cabeças flutuantes não magoam
aquilo que as mãos não tocam mais.]


O "ter" não tem mais emoção

pois cabeças não possuem coração

e o suspiro ficou só na memória...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Co cô-existência.



Mudar é complicado, ver-se mudado é mais ainda e adequar a vida a essas mudanças chega a ser surreal.
""Me sinto tão nova, como se eu não tivesse tido tempo de conhecer e entender tudo que pretendo, ainda mais que esse "tudo" aumenta a cada pedacinho que percebo.
Quero conhecer o todo mas daqui ta complicado.""
Fazemos promessas, planos, criamos expectativas e quando vemos que não somos a mesma pessoa de quando fizemos tais planejamentos criamos milhares de mananciais de idéias ou ideais, surgidos de um EU desconhecido, ou adormecido, ignorado!
""Essa realidade de ser Humana me consome algumas calorias e faz alguns neurônios entrarem em curto - Tentar ser desapegada, deixar de buscar cultura para começar a ser sábia, acreditar em inteligência e recriar conceitos para jogá-los fora novamente. ""
Pensar é existir?!?!
Precisamos temer para sobreviver, logo, temos medo por instinto.
Convivemos maior parte do tempo com pessoas intimamente desconhecidas. Adoramos a Deus, Deuses, e nunca chegamos nem a Semi-Deuses! Temos tantas imperfeições - assimetrias, deficiências genéticas, problemas emocionais, traumas, limitações - até onde podemos chegar de fato?
Somos inconstantes, amamos e odiamos. Vivemos pensando na morte. Morremos pra viver, re VIVER.
Até onde podemos chegar - DE FATO?!

sábado, 29 de setembro de 2007

SIMPLESmente


As pessoas fazem questão de se mostrarem amáveis, de serem belas, de sonharem com um amor perfeito.
As pessoas precisam saber se são amadas, se estão nos padrões, se o atual amor é realmente perfeito.
As pessoas se frustram, se desiludem quando descobrem que podem engordar, que a pele vai enrugar, que amar é doar, que ser feliz custa mais caro do que qualquer dinheiro pode pagar.
Ser feliz é ter dor e mesmo assim achá-la pequena perto do sentimento.
Ser feliz é poder dormir sem culpa, comer sem culpa, chorar e rir - sem culpa.
Ser feliz é reconhecer, caso haja culpa.
Ser feliz é usar palavras simples e deixar o vocabulário ao alcance dos humildes.
A felicidade é inapalpável, insuperável, inatingível ao corpo.
A felicidade é de éter, inodora, incolor, mas mata a sede, transcende.
A única ferramenta para alcançá-la é o altruísmo.
Sem ele estaremos perdidos dentro de nós mesmos com um sentimento de incompreensão, enquanto reais problemas atingem a humanidade e o planeta.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

ConcentrAÇÃO




Olhar, fechar os olhos e ver - Déjà vu dos poetas brasileiros.
Sinestesia, pra mim, é achar que o banheiro público é castigo do jardim de infância.
Achar que cheiro de eucalipto tira o paladar.
O mar seduz, mas depois pinica.
Sessão da tarde tem sabor de cenoura, e cor de cereja.
Brincadeiras são boas apesar de deixarem um ralado no joelho.
Infância é a fase do amor; adolescência do sexo; adulta, do dinheiro e a terceira-idade depende: se tudo deu certo volta à fase inicial, se deu errado - hipertensão na certa!
Os símbolos trazem à tona todas as sensações vividas e, inconscientemente, fazem o corpo reagir como verdade.
A mente não faz distinção do imaginado pro real... Ser esquizofrênico pode não ser tão mal negócio, pois voltando às fases da vida, nunca vi um louco com câncer.
Fugir dos preceitos da sociedade faz bem à saúde!!!
Incluindo as logomarcas de produtos como: Coca-cola, Mc Donalds, Malboro, Rede Globo, e por aí vai...
VOU VIVENDO O LADO "DIFERENTE" DA VIDA, POIS AMO MUITO TUDO ISSO!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Porção de mim fresquinha saindo,,,


Sou alguém simples demais,para que a alma seja poupada de ego.
Sou pouco sofisticada, apenas para não deixar o desleixo me fazer sentir letárgica.
Sou filha, mãe não! Mas talvez me vejam como pai - aquele que é sincero, dá bronca e não se importa apenas com sonhos, mas com objetivos, o que machuca, às vezes!
Sou defeituosa, e por isso vejo a beleza de uma árvore tortuosa e rasteira.
Sou carne, um tanto de osso e nada de lipo. Mas, maior que a carne é o brilho no olhar.
Sou tenra, mas tomo goles de estupidez pela manhã.
Sou Malta, e guardo loucuras Ferreiranas nos bolso,uso-as em doses homeopáticas, não nego!
Sou Malta, sim, mas não deixo a frieza me separar da auto-suficiência dos comuns nem dar atenção a mais para os distantes.
Sou amável quando necessário, carente quando insaciável, insaciável de amor.
Sou o amor, sei os extremos de sê-lo. Por isso sofro de uma inconstante, porém saborosa, sensação de empanturramento sentimental.
Sou assim, calculista, estrategista, manipuladora...
Pensando bem, sendo feita de amor, não existem fantoches, apenas seguidores.
Manipuladores são os que desviam a atenção para a cartola, já que as mãos, estas, estão cobertas de MERDA

sexta-feira, 11 de maio de 2007

GENE


Pessoas, Gente, Humanos, Humanidade
O que seria ser Humano?
O que fazemos para tornarmos Humanos?
Benevolência, Compaixão, Caridade - Isto significa ser HUMANO.
Os Desumanos agem, e nos letárgicos pensamentos toda a Humanidade se cala, se converte, acredita em milagres, a chamada FÉ CEGA.
Emissoras de Tv, Rádio, Jornais, são comprados por "Homens de Fé" e traduzem um Sub Mundo da chamada "Raça Azul", vivendo enlatados, ingerindo soros de "PIEDADE" e filmes plásticos de "ANTICONTÁGIO" cobrem os pudores - Pertence a César toda iguaria material, por isso, os dízimos não bastam. Doem-se (inteiros, vivos, mortos, corpos, cordeiros e corvos, inclusive os dentes de ouro)...

sexta-feira, 6 de abril de 2007

VIA "A estrada"


O rastro que deixa um momento da vida nos leva à diante pra alguém nos amar,
Mostrando a virtude que estava escondida por trás da carcaça, não deu pra evitar
Que o tempo viesse com sabedoria ganhando terreno, lhe dando o cocar.


Mas pra conseguir povoar sua vida não lhe é permitido no fim questionar!


Por ser assim, tudo aconteceu pro melhor...
Vai ser sempre assim se o pior tentar reinar.
Vai ser sempre assim quando o pior tentar reinar!

Virá a Luz presencial da dor...
Virá a Luz presencial do amor!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Re-ciclo


Reciclar é preciso, o planeta não suporta mais apenas fornecer matérias e não receber nada em troca.
De onde mesmo saiu a frase “Crescei-vos e multiplicai-vos…”
Gênesis, 1,22??? Mas quem escreveu esse livro não teve aulas de controle de natalidade e muito menos freqüentou uma favela e nem sabe da situação da China!
Aqui ta tudo tão velho.
Os papéis higiênicos usados estão se misturando às folhas do caderno de matemática no lixão de Caxias.
Até as pessoas, tantos versos lidos e escritos para serem engolidos pela mesma minhoca Caxiense.
Algumas são reclicladas a tempo, e escapam do esquecimento.
O sentido de crescer e multiplicar mais contemporâneo que existe está na memória. Quem se torna histórico é eterno... Me desculpa, mas desta forma Judas Escariotes está mais valorizado que nós, meros pré-falecidos!
A melhor forma de aprender algo é ensinar, quando não se tem certeza melhor ainda, aí é treino de criatividade!
Chega de acreditar em uma única verdade, onde se busca o fim dos tempos sem saber de onde veio o começo.
Nenhum filósofo sabia de nada, enquanto a Terra era quadrada e os monstros marítimos assombravam navegadores, a bela Cruzeiro do Sul já havia sido inventada e com ela a imaginação de sonhadores iluminados por idéias modernas, tornando a verdade pessoal uma verdade universal.
E olha que alguns pós-contemporâneos levam tudo tão a sério que a alma de Freud ainda faz sua ronda noturna!
O bom de passar por aqui é eternizar pessoas em pensamentos e lembranças, já que algumas, em horas, tornam-se inesquecíveis, outras, em anos, tornam-se deploráveis e fazemos questão de esquecê-las antes do Câncer virar assombro...
Mas câncer não dá em árvore, chego à conclusão de que ser auto-sustentável é a chave-mestra!
Viva o Índio!!! Se ele virá ou não cabe a nós decidir-mos!

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Poema feito pra mim com muito carinho. Amei!!!!



"MANA"
No nascimento,
Chamado a atenção logo fui
Não conseguia me conter,
Pois falava,
Disparadamente de você.
Pequena, gorda e linda.
Cresceu!
Criativa na medida
Da surpresa.
Esse é seu reino,
Pois domínio sobre tudo que nele há,
Você tem.
Agora inventa cores,
E formas.
Até um índio descerá
Para admirar,
O que você Maninha
Está a criar
Sabe como, e o que fazer.
O resultado chegado
Simplesmente agrada,
Arrasa.
Isso que tem,
Você sabe do que falo,
Dom!
Irá, te fazer voar muito alto.
O que está por vir,
Maior ainda será.
Quando se acredita,
Tudo pode.
Muito feliz eu,
Pela criação conjunta,
Dada
E nela coisas importantes
Foram passadas
Orgulhoso,
Sempre estou
Com você,
Por sua amizade,
Pelas loucuras por mim inventadas,
E por ti nunca reclamadas.
Sua luz cega,
Aquele que não habituado está.

postado por Felipe Malta às 10:58 AM em Dec 21 2006

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Brumas de Atlantis



Meus sonhos me mostram imagináveis percepções!
Visito Lugares onde não fui convidada, passo pela Terra das Luzes Douradas e sinto o frescor na respiração e o calor dos raios em tons de lilás.
Toco nos objetos de gelatinas projetadas, não haveria outra descrição...
Coloridos, transparentes e inapalpáveis.
Caminho sobre as pedras feitas do metal precioso em nossa Terra e brilhante, cintila nos olhos dos gananciosos. Mas para Eles esse metal apenas mantém seus pés limpos.
Subo pelos degraus das pirâmides Astecas, mas não em Machu Picchu, talvez a perdida Atlantis se encontre em meu estado de Alpha.
Os degraus me levam cada vez mais alto, onde reluz o brilho lilás nos tijolos de ouro.
Não há gente, nem bichos, mas energias que se comunicam por pensamentos.
Antes mesmo de ser despertada consegui notar que a Terra perdida esteve perdida dentro de mim, onde meus desejos, virtudes, distúrbios e objetivos poderiam ser explicados, ou simplesmente anulados, pelo conhecimento prático da igualdade social.

sábado, 13 de janeiro de 2007

Qual seu papel?


O Sol é tão brilhante que empresta sua luz à Lua e ainda lhe sobra calor, o Sol sabe seu papel e aguarda tranquilamente a Noite chegar, pois terá novamente, em breve, que desempenhá-lo. A Nuvem cobre o Sol, e a Chuva cai, mas continua mantendo-se firme e aquecendo a Terra úmida. A Terra ficou fértil, a Lua passou por suas fases e fez a Árvore crescer, a Árvore deu Frutos, nós nos beneficiamos. O Sol não pede nada em troca, nasceu pra todos. Quem nasce regido pela Lua apropria-se da luz alheia pra cintilar. Quem nasce pra ser como a nuvem tenta ofuscar a luz do próximo mas acaba evaporando. Quem tenta ser como a Terra será sempre dependente da boa vontade de outros. Quem sabe ser como a Chuva aproveita as oportunidades pra fazer o bem. Quem nasce com o dom da Árvore é capaz de se sacrificar pela família ou por amor. Quem nasce regido pelo Sol sabe o que é ser uma pessoa ILUMINADA.

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Caminhada


Visceral, SPLEEN, Sexy, Tênue... tomo tuas palavras lembrando-lhe a missão.
Visionário poeta pré-maldito-fabricado, arranque-as de si como fizeram os antepassados. És Kalixto em pleno Panteon, e eu Soberana, cheia de graça, mesmo não tendo a visão holística da vida, assim como teu Verdejar.
Narciso renascido em forma feminina, apelidado por ti, Afrodite, espelha tua alma inteiramente pura e descarta toda possível interferência urbana.
Urbanóides, Alienígenas, todos se foram...
Contentar-me-ei em saber quão puro estás de coração. Nos olhos da amada criatura, linda loura e crua.
Dádiva, paradigma da felicidade.
Tome teu caminho como valioso e terás a recompensa de tal flor.
Já o espelho da alma, este não reproduz mais angústias nem sofreguidão, pois num futuro distante estarás mais distante ainda de teus tormentos e lamúrias alucinadas, despindo-te de qualquer ópio curativo, terás sido entregue ao amor.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Navidad



Feliz Natal...
Tão feliz quanto a vida do homenageado!
Nasce num estábulo, cresce trabalhando e morre sendo torturado pelo ego Humano!
Humano é errar
Humano é desejar
Humano é imperfeito...
Já os bichos sofrem tanto quanto o Cordeiro.
Ganhou o que desejava de "Papai Noel"?
Ceiou em família? ( A mesma família da qual amaldiçoou ao saber que nunca seria ideal)
Trocou presentes? (Burro! Gastou todas economias com parentes...)
Quero que essa "Navidad" seja uma novidade pra mim, pro Mundo!
O mundo é redondo, nunca se esqueça disso. Com ele, a bola de neve cai da Árvore de Natal, não cultuada, apenas explorada pelo espírito comercial e pelo brinde da "Meia-noite"... Reveillon? Não!!! Bebedeira.
Sinta raiva,
Ódio,
Rancor,
Expectativa,
Aguarde ser amado.
Isso sim é ser humano
Doar-se jamais.
Jesus morreu e morre todos os dias...
Vergonha!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Alguma coisa está fora da ordem...


Filosofar sobre o mundo me parece mais superficial que uma boca com botox!
Pessoas aparecem, cada qual com seu "Ga", eu com o meu me deixando influenciar. Todo pecado será castigado, não por Deus, este é supremo e profundamente generoso, mas pelo Homem, bicho imundo.
Quando eu era pequena, sorteava papéis picados me fazendo de Xuxa, acreditava em um mundo de fantasia, fadas e duendes.
Sou da seguinte teoria: tem gente que nasceu pra servir de desgraça alheia, outros recebem dons, e alguns não passam de figurantes.
Não sei qual maior fardo...
Não quero cuidar de ninguém, mas quero ser lembrada por algum benefício social.
Quero ser cuidada, mas nunca me sentir frágil.
Não quero que me façam mal, apenas sejam verdadeiros.Mas não pude ser plenamente verdadeira, por inconsequencia, confusão, medo ou covardia mesmo.
Me sentir humana é triste.
Odeio a humanidade!
Uma coisa é certa, TPM pode ser mais alucinógena que muitos ácidos...

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Copos de Leite


Como são maravilhosos os copos de leite, um vício dos mais singelos.
OH! Que delicadeza um copo de leite pra mim!?
Esse cheiro pela manhã realmente me faz lembrar bons momentos...
Acordar com vc me dando um copo de leite foi a alegria mais pura e verdadeira que já senti.
Esta árvore rendeu bons frutos e hoje, recebo um copo de leite com a certeza de que retribuirei um dia.
A Árvore renderá outros bons frutos, a semente foi preservada - no meu coração.
Esse cheiro pela manhã realmente me faz lembrar bons momentos...
Nostalgia, Vó.
Quero outro Nescau!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Nó cego



Eu vi uma cega gargalhando com batom nos dentes,
um gordo grizalho de gravata borboleta de "pois" comparativos .
Ouvi o ronco de um búfalo moribundo,
ressonando palavras eruditas.
Maldonato e Bondonato não se compraram a João Donato,
e meu amor que morre pra germinar.
Plantar n'algum lugar uma árvore, não por amor à natureza,
mas por sobrevivência.
Não sei se o sonho é realidade ou vice-versa, quando meus elétrons somem
a realidade fica duvidosa...
Do outro lado quero saber se aqui é a verdade, Matrix - matriz de mim mesma!
Se uma cadeia de DNA pode ser mais complexa que um ovo, será o Planeta Azul tão eucariótico assim, ou os olhos Humanos não sabem medir os esforços divinos?
E a cega continua com o batom nos dentes...


domingo, 3 de dezembro de 2006

Relatividade


Estive dentro de um pensamento solto e por alguns instantes repensei o motivo da minha tão notada "frieza"...

Se é que eu possa ter chegado à alguma conclusão, foi impossível não perceber que para mim os Homens são equivalentes a baratas... Milhões de baratas morrem diariamente por nós acharmos seu papel na Terra desnecessário ou nocivo - Milhões de Humanos morrem pelo mesmo motivo.
Agora responda sem pestanejar: Quem é mais nocivo!?

Mas Euuuuu, grandiosamente Humana, não mereço um fim trágico!!!

Talvez só o Olavo saiba o perigo de pensamentos loucos se cruzarem, até mais loucos que uma chacina de Gambás. Mas, o que seria a loucura se não a expressão da arte...

Todo Kundalini que possuo me torna provavelmente uma péssima ciclista, tão provavelmente que a hereditariedade do meu talento faz de meus antepassados pessoas sedentárias.

Pessoas, as mesmas pessoas que se matam, por prazer, por ódio, até por medo - sendo o último a maior frustração dos ancestrais e criadores dessa raça "Azul", mais azul que o celeste céu e onde já nem me encontro mais.

Outros pensamentos soltos, mas Olavo já nem sabe o que fazer. Em algum momento haverá pensado na equivalência de seus sentimentos aos de um gambá órfão. Alguns meninos são órfãos - mas estes estão nos sinais por aí, com exatas três bolas nas mãos, tendo a mesma equivalência o futuro da chamada Nação.

E as abelhas? AHHHHH!!! Adoro-as! Organizadas, hierárquicas, produtivas e doces.
Se toda abelha cravasse seu ferrão em um cérebro Humano o planeta giraria mais lentamente. Tão lentamente que estaríamos disponíveis a dedicar um dízimo de tempo ao chamado Deus. Pois no mundo dos Deuses, dízimo se paga com atos não falhos. E as faturas são cobradas para os atos opostamente construídos.

Viva as abelhas! Seres sem atos falhos!
Grande teoria da RELATIVIDADE...

Um brioche para um morto de fome e um pouco mais de cultura aos que deixam a fome de lado para tornarem-se serezinhos de mentes "OPiadas" - ha ha ha - Linda piada - Triste palhaço com a lágrima de sofrido Pierrot - meu eterno sonho - o Arlequim minha realidade, e eu,
Colombina no salão sei que sou a união dos dois. Esse meu lado "frio", na verdade obscuro - causado pela meia lua que envolve minha cabeça - é nada além de uma eterna sensação de que somente meu próprio pesar pode dar um formato mais sensato a tantos pensamentos soltos,
como estes.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Maiô de lã


Pensar num maiô de lã é tão inusitado quanto pensar em um pinguim no forno de microondas...
Pra minha mãe é tão frustrante quanto pensar em divisão exata, o exato para meus avós não tinha o mesmo peso dos seis lados da balança.
Cada lado da mesma balança seria medido com os anos de uma medíocre vida como se a teoria da relatividade não tivesse sido escrita. Pois tem gente que passa anos sem saber quem realmente é, ou pelo menos o que quer da vida, e outra gente que sempre soube que por mais almejos que tivesse, sempre os superaria!
Nunca vi trauma de infância tão hilariante passar de geração em geração por uma tela de plasma. Nem a Marina conteu-se...
Voltando aos pesos e medidas:um beijo equivale a um monitor de última geração (a mesma geração de Marina), segundo o Pai (tal carência também explicada pela independência prematura conseguida numa banca de jornal em "Bento-city".
Mesmo tentando recatar minhas idéias neste fundo de mar azul, o último cômodo da casa, ainda tenho meus bons suspiros irritados, alguns muxoxos,mas tambéns risos desparados, estes, principalmente causados quando citada fui pelo "Voz de trombone da pós meia-noite", se referindo aos anos "in" relativos entre mim e maninha. Meu diploma foi equivalente a um pc plasmático e dramático pra caçula, de tão chorado ha meses. Uma troca revolucionária realmnte, pois nem sendo Elizabeth I para as meninas dos olhos de meu pai poderia ser portadora de um privilégio aos grandes olhos esverdeados da senhora "Ana Bolena" - a mesma tal que inspirou a imagem de Virgem Maria.
O trauma de sua infância dividida por seis dezesseis avos ou algo próximo a isso, não me recordo bem de simbologias matemáticas (graças ao Supremo), porém a "Soneca" fez desse trauma profissão ( Haja alunos!!!), Voltando à Bolena, tomada por um espírito mais próximo à Pomba-Gira que Virgem Maria, logo após um silêncio, fez lembrar o Petit rosnando, mas logo notei alguma diferença por ter seguido algumas simples palavras : O Maiô de lã nãããooooo!
Realmente dona Ana odeia restos fraternais, uma pena, pois já havia guardado minha fantasia de melindroza, conhecida pelo "Voz de trombone" como "Barata Vermelha" pra minha prezada caçula.
Nunca pensei que uma "barata" fizesse tudo acabar em pizza - como sempre!