terça-feira, 1 de abril de 2008

CORRUPÇÃO PELA AGULHA DOURADA DE FALSOS BRILHANTES


( BAN-ANAL- IZAÇÃO )
Dentro da sala de Star
nascia a Estrela não Dalva
entre tafetás e lantejoulas
e as santas Barbies de Ryden
vestiam-se soberanas.
Madrugadas a fora, a dentro
Adiante os retoques
alguns furos no dedo estampam os
pois no voil.
Tantas bolinhas vermelhas
e também as azuis se misturaram
e hoje estão ROXAS!
Geralmente dou palavras às formas
desconhecidas por mim
falar do que domino me parece "lugar-comum"
demais pra insanidade dos volumes já criados
Tantas texturas, firulas e rococós
pra enfeitar os porcos Majestosos de si
farthingales empinados, presos no passado
que n'algum dia um designer criou
e agora é copiado pelo triste reinado
do control C control V
e tudo que era demodé ficou chique retrô...
Aquela mania de alguns "fashionistas"
é tão peculiar que suas calças justas
e seus oclões tartaruga
me embrulham o estômago
e ao invés de aumentarem o consumo de moda
aumentam o consumo de Buscopan!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A Besta recalcitante


Minha timidez é o retiro criativo
onde alma e ego se unem para brindarem,
resilientes, com sexo ardente em uma interminável lua-de-mel.
Torna-se desnecessária qualquer referência Humana e
fataliza algumas interferências urbanas
que por acaso venham adentrar meus tímpanos,
ocupando o topo cinza do fardo de abstrair as reais vozes
que por ventura tentem expôr o eloquente sofrimento
de compreender enquanto os intelectuais, de tanto saber,
esqueceram, de fato, que olhar para o alto
é bem conveniente, lhes cai muito bem!
Pois olhar para dentro pode causar efeitos colaterais.
A timidez brinda às Bestas recalcitantes,
as novas ovelhas não têm coragem de seguir sem um Pastor...
Continuem pastando, suas ovelhinhas escrotas!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O ortodoxo paradoxo EU e vice-versa

Vamos brindar à vida,
às novas oportunidades,
à fossa,
ao amor e à sua falta...
Vamos Brindar!
O importante é brindar
com muitas doses, o álcool
etílico, etérico
Duplamente etérico
Chamado prânico ou
por outros, Plasmático
em níveis, subníveis
parangolés a quatro!
Esquivam-se da vivência,
trocam-na por ditadura
dita - dura da palavra
tendo como conselheiro
um bom "Pai" do qual,
sempre à espera de boas palmadas,
lhe ensine o caminho
que suas citações de bons filósofos
e esteriótipos de garçonetes de cyber café
não souberam descrever e nem fazer crer
por ter faltado exempo quando o Herói
tem de ser o "Si Mesmo".

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Rio




Rio, se não dá, rio surge e salga

A boca, saliva coura

os lábios, na dança das glândulas

rosadas e irritadas, quase ásperas

sugadas de tantos risos

embriagados de vinagres, vinhos, espumas,

ressacas mareadas de ventre

expulsando a Serpente do Eden e

a dúvida nas Escrituras Sagradas

sarcásticas, riem, do Paraíso

criado pelo escritor

de poesias eróticas, escondidas por trás

da maçã, e do buraco por onde sai a minhoca.